Estudo prevê que próximo supercontinente pode exterminar quase todos mamíferos na Terra

Na Pangeia a temperatura poderá ser de até 46,5 °C, possivelmente, causando a morte da maioria das espécies

Por Ricardo Albuquerque em 18/10/2023 às 08:44:46
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Os gases do efeito estufa podem atingir um nível irreversível o que pode acarretar na extinção dos animais vertebrados. É isso que aponta um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience, destacando que de acordo com os atuais dados isso pode acontecer quando o próximo supercontinente estiver formado.

A última vez que a Terra passou pelo processo de se tornar um supercontinente aconteceu entre 250 e 330 milhões de anos, um período conhecido como Pangeia. Agora, o conceito 'Pangeia 2.0' ou 'Pangeia Última' foi utilizada para estudar o clima da Terra durante a formação do próximo supercontinente; os resultados não foram desanimadores, principalmente, para os mamíferos.

Apesar de os mamíferos serem considerados animais bastante evoluídos tanto que muitas espécies conseguiram sobreviver em diferentes habitats em toda a Terra, também sobreviveram a diversas extinções em massa e a alguns eventos climáticos naturais, a formação de um novo supercontinente pode acabar com o reinado dos mamíferos.

- A formação e decadência de Pangeia Última irá limitar e em última análise, acabar com a habitabilidade dos mamíferos terrestres na Terra, excedendo as suas tolerâncias térmicas (de temperaturas mais quentes), milhares de milhões de anos antes do que se supunha anteriormente - explicam os pesquisadores no estudo.

Conforme explica o estudo na Pangeia Última a temperatura média em um mês quente poderá ser de até 46,5 °C, possivelmente, causando estresse térmico e a morte da maioria das espécies conhecidas de mamíferos; os cientistas não acreditam que esses animais evoluirão suficientemente rápido para enfrentar essas temperaturas altas.

- Embora não possamos descartar a adaptação evolutiva ao estresse térmico e frio, estudos recentes mostraram que os limites superiores da termotolerância dos mamíferos são conservados ao longo do tempo geológico e não aumentaram durante eventos passados de aquecimento rápido ou lento - apontam os os cientistas no estudo.

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